1 TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO
Esta abordagem tem ênfase nas tarefas operacionais da empresa: como tudo é feito, de que forma, em quanto tempo e que diferentes resultados são obtidos. Partindo desta ênfase nas tarefas, o pensamento administrativo evoluiu, também com ênfase: na estrutura, nas pessoas, no ambiente, na tecnologia e na competitividade. Em cada uma das abordagens destacaremos teorias relacionadas a cada uma delas. É fundamental compreendê-las, e você perceberá que estão presentes no cotidiano das organizações.
2 ABORDAGEM ESTRUTURALISTA
A abordagem estruturalista tem seu desdobramento na teoria da burocracia e na teoria estruturalista, partindo da abordagem nas tarefas. Lá também estudamos sobre a teoria clássica. Além da teoria clássica, alguns autores falam de teoria neoclássica.
A teoria neoclássica é como se fosse uma atualização da teoria clássica, reunindo a contribuição de outros autores neste período e considerando o tamanho das organizações, com seus problemas administrativos atuais – enfatiza resultados e objetivos. Também trata a administração como uma técnica social, onde será necessário saber dirigir as pessoas, além dos aspectos técnicos.
As funções administrativas são: planejamento, organização, direção e controle; são enfatizadas pela teoria neoclássica, formando o processo administração. As teorias clássica e neoclássica originaram: a organização formal, os princípios gerais da administração e as funções do administrador.
A teoria da burocracia na administração surgiu a partir das obras de Max Weber (1864- 1920) – economista e sociólogo alemão. Autores se basearam nas obras de Weber para constituir uma teoria da organização sólida, aprimorando o mecanicismo da teoria clássica e o romantismo da teoria das relações humanas, que será abordado a seguir.
Segundo Chiavaneto (2003, p. 258), “a burocracia é uma forma de organização humana que se baseia na racionalidade, isto é, na adequação dos meios aos objetivos pretendidos, a fim de garantir a máxima eficiência possível ao alcance destes objetivos”.
Na teoria da burocracia é reforçada a autoridade. Segundo Etzioni (apud WEBER 1965, p. 17), “autoridade significa a probabilidade de que um comando ou ordem específica seja obedecido. Esta autoridade se distingue nos diferentes tipos de sociedade”.
Para a grande maioria das pessoas, a palavra burocracia está associada ao apego das pessoas a normas, regulamentos e rotinas – que impedem soluções rápidas ou eficientes, mas para Max Weber, a burocracia tem as seguintes características:
- Caráter legal das normas e regulamentos escritos que determinam o funcionamento de toda a organização, estabelecendo sua própria legislação. Escrever as normas e regulamentos é um trabalho exaustivo, por abranger a organização como um todo, tendo que prever o máximo de situações que possam ocorrer, tornando-a uma estrutura social legalmente organizada.
- Caráter formal das comunicações, obrigando a escrita das regras, decisões e ações administrativas. O registro de todas as ações visa assegurar a interpretação exata das comunicações, onde a organização torna-se uma estrutura formalmente organizada.
- Caráter racional e divisão do trabalho e do poder, estabelecendo as atribuições de cada participante para a eficiência da organização. Cada pessoa tem um cargo, função específica, sabendo das suas tarefas, responsabilidades e capacidade de comando sobre os demais.
- Impessoalidade nas relações humanas, pois a distribuição das atividades é feita em termos de cargos e funções – não de pessoas envolvidas. O poder das pessoas deriva do cargo que ocupa, onde a burocracia precisa garantir a continuidade da organização no longo prazo; pois as pessoas vão e vêm – a burocracia é uma estrutura impessoalmente organizada.
- Hierarquia de autoridade, onde cada cargo inferior está sob a supervisão e controle de um posto superior, e esta estrutura hierárquica encerra privilégios e obrigações. Aqui, a burocracia é uma estrutura hierarquicamente organizada.
- Rotinas e procedimentos padronizados estabelecem regras e normas técnicas para o desempenho de cada cargo – impondo a ação de cada funcionário. A partir destes padrões de desempenho estabelecidos e esperados, facilita a avaliação de desempenho de cada um.
- Competência técnica e os méritos vão definir a: seleção, admissão, transferência e a promoção das pessoas; e não as preferências pessoais.
- Especialização da administração faz com que os donos, acionistas ou proprietários da organização não estejam diretamente ligados à administração. A administração deve ser altamente especializada e profissionalizada, onde o burocrata muitas vezes é contratado, sem o direito de comprar ou vender a propriedade, mas com o dever de administrá-la.
- Profissionalização dos participantes, pois: é um especialista, assalariado, ocupante de cargo, nomeado pelo superior hierárquico, seu mandato é por tempo indeterminado, segue carreira dentro da organização, não possui a posse dos meios de produção e administração, é fiel ao cargo e identifica-se com os objetivos da empresa, e este administrador profissional tende a controlar cada vez mais as burocracias.
- Completa previsibilidade do funcionamento, pois todas as ações das pessoas foram escritas com o objetivo de obter a máxima eficiência da organização. Tudo está previsto, segundo a teoria da burocracia.
FIGURA 8 – AS CARACTERÍSTICAS DA BUROCRACIA SEGUNDO WEBER
FONTE: Chiavenato (2003, p. 266)
A burocracia, segundo Weber, apresenta as vantagens: racionalidade, precisão na definição do cargo e na operação, rapidez nas decisões, univocidade de interpretação, uniformidade de rotinas e procedimentos, continuidade da organização, redução do atrito entre as pessoas, constância, confiabilidade e benefícios. Também não é perfeita a teoria da burocracia e Weber percebeu a sua fragilidade entre as pressões externas para o burocrata seguir normas diferentes, com o enfraquecimento gradativo do compromisso dos subordinados em relação às regras e normas. A figura a seguir sintetiza este dilema:
FIGURA 9 – AS CARACTERÍSTICAS E AS DISFUNÇÕES DA BUROCRACIA
FONTE: Chiavenato (2003, p. 269)
A burocracia objetiva a maior eficiência da organização, mas na exigência de controle, se as consequências não forem previstas, caímos nas disfunções e encontramos a ineficiência. O modelo da figura a seguir traz esta ilustração:
FIGURA 10 – O MODELO BUROCRÁTICO DE WEBER
FONTE: Chiavenato (2003, p. 271)
Numa apreciação crítica do modelo da teoria da burocracia é preciso buscar um equilíbrio entre uma escassez da burocratização – onde encontramos a desordem; e o excesso da burocratização – que trará extrema rigidez. O equilíbrio e os graus da burocratização podem ser vistos na figura a seguir.
FIGURA 11 – OS GRAUS DA BUROCRATIZAÇÃO
FONTE: Chiavenato (2003, p. 277)
A burocracia talvez é uma das melhoras alternativas de organização tentadas no decorrer do século XX. A teoria da burocracia fez surgir: a organização formal burocrática e a racionalidade organizacional.
A teoria estruturalista surge em meados da década de 1950, originando-se: da oposição surgida entre a teoria clássica (formal) e a teoria das relações humanas (informal), da necessidade de visualizar a organização como uma unidade social, da influência do estruturalismo nas ciências sociais, e do novo conceito de estrutura. Predominou na Europa o movimento estruturalista, com o intuito de obter a interdisciplinariedade das ciências. Do grego struo, estrutura significa ordenar a composição dos elementos do todo em que fazem parte.
O conceito de estrutura significa a análise interna de uma totalidade em seus elementos constitutivos, sua disposição, suas inter-relações, etc., permitindo uma comparação, pois pode ser aplicado a coisas diferentes entre si. Além do aspecto totalizante, o estruturalismo é fundamentalmente comparativo (CHIAVENATO, 2003, p. 289).
Assim, o estruturalismo volta-se para o todo e para o relacionamento das partes nesta constituição do todo. O estruturalismo tem como características de totalidade, interdependência das partes e, principalmente, o fato de que o todo é maior que a simples soma das partes.
Grandes personagens da administração representam a teoria estruturalista, onde destacamos: James D. Thompson, Victor A. Thompson, Amitai Etzioni, Peter M. Blau, David Sills, Burton Clarke e Jean Viet.
Numa análise das organizações, segundo Chiavenato (2003), temos uma abordagem múltipla: organização formal e informal, recompensas materiais e sociais, os diferentes enfoques da organização, os níveis da organização, a diversidade de organizações e a análise interorganizacional.
Nestas abordagens múltiplas temos diferentes tipos de organizações, que exercem formas de poder, com formas de controle; onde estes sistemas psicossociais são enfatizados pela tipologia de Etzioni, sintetizada na figura a seguir:
QUADRO 10 – TIPOLOGIA DE ETZIONI
QUADRO 10 – TIPOLOGIA DE ETZIONI
Tipos de organizações | Tipos de Poder | Controle utilizado | Ingresso e permanência dos participantes por meio de: | Envolvimento pessoal dos participantes. | Exemplo.s |
Coercitivas | Coercitivo | Prêmios e punições | Coação, imposição, força,ameaça, medo. | Alternativo, com base no temor | Prisões e penitenciárias. |
Normativas | Normativo | Moral e ético | Convicção, fé, crença, ideologia. | Moral e motivacional como autoexpressão. | Igrejas, hospitais e universidades. |
Utilitárias | Remunerativo | Incentivos econômicos | Interesse, vantagem percebida | Calculativo. Busca de vantagens. | Empresas em geral. |
FONTE: Chiavenato (2003, p. 299)
Blau e Scott são autores que classificam as organizações conforme seus beneficiários. A figura a seguir resume a sua tipologia:
QUADRO 11 – TIPOLOGIA DE BLAU E SCOTT
FONTE: Adaptado de Chiavenato (2003, p. 300)
Blau e Scott são autores que classificam as organizações conforme seus beneficiários. A figura a seguir resume a sua tipologia:
QUADRO 11 – TIPOLOGIA DE BLAU E SCOTT
Beneficiário Principal | Tipo de Organização | Exemplos |
Os próprios membros da organização | Associação de beneficiários mútuos | Associações profissionais, cooperativas, sindicatos, fundos mútuos, consórcios etc. |
Os proprietários ou acionistas da organização | Organizações de interesses comerciais | Sociedades anônimas ou empresas familiares. |
Os clientes | Organizações de serviços | Hospitais, universidades, organizações religiosas e agências sociais, organizações filantrópicas |
O público em geral | Organizações de Estado | Organização militar, segurança pública, correios, saneamento básico, organização judicial e penal. |
As organizações devem buscar condições eficientes para que seus objetivos se transformem em realidade. Desta forma, Etzioni refere-se a dois modelos de organizações:
sobrevivência e eficiência. Nos modelos de sobrevivência as organizações desenvolvem objetivos que permitam simplesmente a sua continuidade; já nos modelos de eficiência as organizações têm seus objetivos dentro de padrões que permitam a competitividade em crescente excelência.
Quanto ao ambiente organizacional, nenhuma organização é autossuficiente por si só, sem qualquer envolvimento com a sociedade em geral para sobreviver; desta forma, há uma interdependência das organizações com a sociedade, fazendo com que integrem o conjunto organizacional. Neste conjunto organizacional, as organizações desempenham diferentes papéis.
Na abordagem estruturalista há estratégia de competição ou cooperação. Na competição, o ambiente controla uma parte dos objetivos, onde nasce a disputa devido à rivalidade pelos mesmos recursos e envolve uma interação direta entre as partes rivais. Já as estratégias de cooperação requerem a interação direta entre as organizações do ambiente por ajuste, cooptação e coalizão.
A teoria estruturalista apresenta alguns conflitos entre a autoridade do especialista, na medida em que aumenta o conhecimento em relação à hierarquia da autoridade administrativa. Do ponto de vista de como se organiza o conhecimento, Etzioni (1965) sugere três tipos de organizações: especializadas, não especializadas e de serviços; onde em cada um deles ocorrem os conflitos entre os administradores e os especialistas.
Blau e Scott apontam três dilemas básicos na organização formal: dilema entre coordenação e comunicação livre, dilema entre disciplina burocrática e especialização profissional e, ainda, o dilema entre necessidade de planejamento centralizado e necessidade de iniciativa individual.
Na fase da teoria estruturalista, iniciam os estudos a respeito do ambiente num conceito de que as organizações são sistemas abertos em constante interação com o seu contexto externo. Todavia, existem dilemas e conflitos organizacionais que conduzem a organização à inovação e à mudança. Esta teoria, com seus aspectos positivos e suas restrições e limitações, é uma teoria de transição à teoria de sistemas
sobrevivência e eficiência. Nos modelos de sobrevivência as organizações desenvolvem objetivos que permitam simplesmente a sua continuidade; já nos modelos de eficiência as organizações têm seus objetivos dentro de padrões que permitam a competitividade em crescente excelência.
Quanto ao ambiente organizacional, nenhuma organização é autossuficiente por si só, sem qualquer envolvimento com a sociedade em geral para sobreviver; desta forma, há uma interdependência das organizações com a sociedade, fazendo com que integrem o conjunto organizacional. Neste conjunto organizacional, as organizações desempenham diferentes papéis.
Na abordagem estruturalista há estratégia de competição ou cooperação. Na competição, o ambiente controla uma parte dos objetivos, onde nasce a disputa devido à rivalidade pelos mesmos recursos e envolve uma interação direta entre as partes rivais. Já as estratégias de cooperação requerem a interação direta entre as organizações do ambiente por ajuste, cooptação e coalizão.
A teoria estruturalista apresenta alguns conflitos entre a autoridade do especialista, na medida em que aumenta o conhecimento em relação à hierarquia da autoridade administrativa. Do ponto de vista de como se organiza o conhecimento, Etzioni (1965) sugere três tipos de organizações: especializadas, não especializadas e de serviços; onde em cada um deles ocorrem os conflitos entre os administradores e os especialistas.
Blau e Scott apontam três dilemas básicos na organização formal: dilema entre coordenação e comunicação livre, dilema entre disciplina burocrática e especialização profissional e, ainda, o dilema entre necessidade de planejamento centralizado e necessidade de iniciativa individual.
Na fase da teoria estruturalista, iniciam os estudos a respeito do ambiente num conceito de que as organizações são sistemas abertos em constante interação com o seu contexto externo. Todavia, existem dilemas e conflitos organizacionais que conduzem a organização à inovação e à mudança. Esta teoria, com seus aspectos positivos e suas restrições e limitações, é uma teoria de transição à teoria de sistemas
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